A cobra da Nostalgia
Um texto raivoso contra esse mind trick roubado pelo capitalismo.
Estou revoltada. Sinto que é só isso que me move ultimamente. Ódio. Que me faz levantar. Que me faz gritar e ir fazer minhas coisas. Me prometeram uma internet como um lugar democrático, que teríamos acessos a tudo e que tudo ficaria bem se todo mundo conversar e trocar ideias. Recebi anúncios, timeline infinita e nichos que mais alienam do que “amigam”, nos fazendo ver notícias horríveis atrás de notícias piores.
Dentro disso tudo, esse tópico maldito continua me voltando, cíclico como um Ouroboros.
Já falei disso em outros textos, sempre dando indiretas diretas ácidas pra ver se o mundo me ouve. Que mundo? Nem eu sei, acho que os homens carecas de terno que comandam a porra toda e continuam a bater nessa tecla por teimosia de ver que estamos na roda desfacelante do capitalismo tardio. Falei disso de maneira mais óbvia no meu texto “A ânsia da continuidade”, nem vou checar o que exatamente disse nele, então talvez me repita. Anafórica como sempre, eu vou continuar me repetindo — que controvérsia — até que as pessoas parem de repetir o que já foi.
Estou cansada e revoltada de que as coisas não tem fim. Elas simplesmente não acabam. O mundo, em si, está acabando, mas não da maneira cinematográfica que achamos. Estamos acabando com o conceito atual de humanidade, com nós mesmos e só restará essa bolota de terra e água e micro plásticos pra contar a história do que um dia fomos como humanidade. Na música “Tem tanto Deus” de uma das minhas bandas preferidas, Tuyo, há um trecho em que cantam:
Hoje eu tive aquele sonho bom
Sonhei que era o fim do mundo
Essa promessa que me fizeram
De que as coisas sempre tem um fim
Os objetos tão no silêncio
De quem já sabe e não quer contar
Esses segredos universais
Tipo que um fim nunca vai chegar
E essa é a real, as coisas não acabam porque não deixamos. Estamos esgotados, silenciados, fadados a esse fim cíclico que retorna a si mesmo, que fica produzindo as mesmas coisas, os mesmos debates artísticos de 100 anos atrás sobre gore e choque, as mesmas décadas musicais, os mesmos estilos de calças cinturas altas e baixas, os mesmos retornos a culto de magreza a aceitação do corpo real a culto de magreza excessivo de novo, de novo, de novo e de novo. É reboot de série, é reboot de filme, é reboot de saga, é relançamento com capa nova, capa dura, ilustração, é parque temático dos anos 30, 40, 50, 60, restaurante dos anos 70, 80, 90, festa de aniversário com os anos 2000. Não estamos mais neles? Mudou o segundo dígito, então somos pessoas diferentes? Melhores? Mais evoluídas? Não, acho que não.
Os temas sobre legalização do aborto ainda são os mesmos, com o retrocesso de jovens com todo o acesso do mundo cooptados por vídeos de 30 segundos do TikTok aplaudindo o conservadorismo energético que se alastra no nosso país. Um projeto perigoso que tira autonomia de escolha da mulher e anos de sua vida esta concomitante na Câmara ao mesmo tempo que adolescentes reclamam de cenas de sexo em séries da Netflix, tem nojo da ideia de uma disciplina de educação sexual e imploram por um botão de pular cenas eróticas, como se a vida fosse o episódio do Black Mirror onde pra viver na sua bolha alienada, você pode bloquear o que não gosta que isso passa a não existir. Até tudo ser cinza como estático de televisão. White Christmas pra quem? A tal Geração Damares se deleita ao mesmo tempo que se revolta com um texto chinfrim por espantalhos morais. Foda-se “O Segundo Cu”, os moralistas cismaram com o passado da moça mãe de família e não se importam de verdade com debater “romantização da violência” ou qualquer outro tema na literatura. Isso que essa é ruim. Elas não leem. Se chocariam com a boa literatura de horror, violência e erotismo. Só querem medir o mundo com uma régua moral. E do moralismo pra censura é meio degrau.
O machismo voltou com tudo, os incels estão dominando todos os espaços. Não é raro ver seus emojis de identificação em comentários de Instagram em reels sobre relacionamentos e cotidiano de casal, dando o recado da pílula diária e alimentando com esse remédio da alma — que eles acham ser uma verdade a qual só eles tem acesso — os monstrinhos que passarão a tratar suas mães como lixos e as futuras parceiras como objetos. Deus tenha piedade do futuro das mulheres hétero e bissexual nesse país.
Também não é raro ver pessoas implorando pela volta da Marcha das Vadias e até, sem lembrar do abismo intelectual que isso nos levou, a volta de um Quebrando Tabu se isso significar a superação de algumas pautas. Tantos direitos conquistados sendo revogados pelo mundo todo: não há lugar seguro para ser mulher e voltar para a Disney dos anos 2000 não é uma opção, visto que essa passa por uma grande crise criativa junto com toda Hollywood, além de financiar uma guerra que mata milhares de palestinos. Não acho que comeback ao aesthetic Nickelondeon também seja uma opção, visto que todas as séries foram manchadas eternamente pelo passado obscuros dos produtores, do documentário que assisti — e recomendo, tirando o último episódio que é lenga-lenga — “Quiet on Set”.
Olho pra todo lado e vejo que o mundo está como era quando eu era pequena, com a diferença de que agora estou no que deveria ser meu auge, tentando manter a magia infantil que se desfaz pelos meus dedos ao ver que NADA mudou, as coisas continuam as mesmas, todo mundo quer o retorno do passado para, de alguma forma, tentar transfigurar o que mundo NUNCA mais vai ser o que sonhamos, graças ao capitalismo. São milhares de jovens sem perspectivas de aposentadoria, carro ou casa própria, escolhendo ativamente deixar de ter crianças porque não sabem como elas serão criadas tanto por questão financeira quanto ambiental, se relacionando com mais de uma pessoa para poder viver e pagar tudo e/ou pior, se tornando refugiadas climáticas em um país enquanto outros estão em guerras financiadas pelos velhotes que decidem que, apesar de tudo isso, você pode ter Funko Pop’s por apenas 16$ até 179$ dólares, ou se preferir 200 a 400 reais no Brasil.
Bonecos da sua série de infância com a cara quadrada e totalmente despersonalizada, mas, ei: “ele vem com a caixa! E posso revender no futuro!”
Que futuro? Os anos 70?
Não consigo mais não ficar cansada ao abrir qualquer rede social e ver mais um reboot falho enquanto produções novas são incessantemente canceladas. É 2024 e fãs ainda esperam pela última temporada da série “da Eleven”, as crianças são adultas, não assistem os próprios filmes, mas sabem de tudo sobre nostalgia dos anos 80, aos quais eles não viveram. E nem os fãs. Anne de Green Gables, pelo contrário, tem a fama de amaldiçoada já que todos seus reboots foram cancelados sem dó, uma série que reunia todo tipo de público num acalento campestre romântico e ingênuo no meio de tanta informação de merda nessa rede sem fim.
Somos obrigados a aguentar mais uma temporada de viagens malucas no espaço-tempo com um avô bêbado, mas Bojack Horseman teve que ser finalizado antes do tempo. Além disso, temos a lista interminável de reboots pra tentar resgatar o amor, a nostalgia de um tempo que já foi. É o capitalismo te dando tapinhas na costa e balançando um bibelô pra que você não chore: “eu sei que você não tem dinheiro pra comprar nem um apartamento nessa bolha imobiliária, mas olha só, Gossip Girl vai ter um reboot! Melhor, ouça sua criança interior e prepare sua carteira pra comprar ingressos e revisitar sua infância com a tour do Restart, Rebeldes, Jonas Brothers, Floribella…”
“E não tem problema! Se você foi aquele jovem que se achava alternativo, mas é bem comum, você vai amar esse reboot de How I Met Your Mother, só que com Father no lugar. Também temos uma prequel com dragões pra você fã de Game of Thrones que ficou com muita raiva de nós da HBO, assistir aguardando pelo tão esperado dia que o autor irá nos presentear com a benção do último volume e poderemos fazer um reboot e fingir que a primeira série nunca aconteceu, nos redimindo tirando muito dinheiro de vocês por episódio semanal.”
“Ah, e se você não liga pro lado obscuro das crianças na televisão e sim pra diversão e piadas com salgadinho, você vai amar esse reboot de iCarly, no momento em que a Internet sofreu uma mudança de paradigma tão profunda em seu uso que nada disso de vlogs faz sentido. Temos também novelas, você vai assistir o exato copia e cola que seus pais viram: Vale Tudo, Renascer, Pantanal, Elas Por Elas, Éramos Seis.”
Se são fracassos ou não? A Globo ainda não entendeu o recado, porque parte do público quer beber o júbilo do que a televisão aberta um dia foi enquanto o resto quer histórias novas e corajosas, como Vai Na Fé, Quanto mais Vida, Melhor.
Espere, espere calmamente pelo fim com alguma magia da nostalgia e você será recompensado.
Recentemente os fãs que não largam o osso do bruxinho foram presenteados com uma re-estreia no cinema. Os filmes e livros, que fizeram parte da infância de milhares de brasileiros nos anos 90/2000 ganharam as telonas e também as polêmicas. Lucraram milhões e milhões em produtos vendáveis: de brinquedo, a varinha colecionável e até comida. O estúdio nadou tanto em dinheiro que quis fazer a prequel dos Animais Fantásticos, tentando trazer os nostálgicos pro cinema. Até que deu pro gasto. Teve até peça na Broadway.
O parque de diversão? Lota todo ano, eu diria que lota toda alta temporada. A autora? Nunca mais precisou ou irá precisar escrever nada na vida e apostaria meus centavos de royalties da Amazon que as duas próximas gerações dela também não precisam trabalhar se não quiserem e se ainda existir mundo. Quando a desquerida tentou escrever saiu tudo uma porcaria, tentou com pseudônimo e não vendeu nada, de tão ruim que era, tanto que precisou revelar seu (re)nome como mãe do Potter. A criadora que diz que tem diversidade como personagem gay, ruiva preta, casamento lésbico, só que nada disso tá escrito. A mulher que fez judeus serem representados como elfos pão duros e deu o nome de uma personagem chinesa de dois sobrenomes: Cho Chang.
Se ainda não te convenci de que talvez não há nostalgia que resista a tanta porcariada neoliberal, a cachorra ainda usa o dinheiro do lucro pra financiar organizações transfóbicas e tem sido alvo — muito mais que merecido — de boicote, inclusive de MUITOS agora ex-fãs.
O lucro dessas salas de cinema lotadas, que tiram pessoas de suas sessões de Furiosa — prequel que eu acho que não deveria existir — irão pra organizações que ativamente ou indiretamente matam pessoas trans todos os dias, no mundo todo. Pessoas que só querem viver.
Ainda sim, tem quem vá ir dar dinheiro pra ver um filme que pode ver em DVD, pirateado do Torrent ou em streaming em casa. Que vai gastar tempo ativo pra assistir algo que marcou a infância no desejo lacaniano de tentar resgatar aquela infância tenra que possuía, dando dinheiro indiretamente pra uma pessoa que invalida a existência de outras. Tem gente conhecida indo no cinema. Gente que não larga o osso e se orgulha de ir e ainda tira sarro. Gente progressista. Gente LGBT. Gente que nunca leu outra saga na vida além dessa, gente que não consegue superar essa nostalgia, essa estética bruxa londrina que nunca não só nos pertenceu, como, se avaliarmos bem, tirando a importância mercadológica de inserir jovens no hábito de leitura, nem é tão bom assim.
Tem mundos, sistemas de magias muito bem construídos do que pegar palavras aleatórias em latim e dizer que são magia.
Enquanto você come sua pipoca vendo atores que nem estão mais vivos ou atores que não querem mais sua imagem vinculada a autora, alguém deseja poder ter a oportunidade de viver o suficiente pra ter isso que chamamos de nostalgia.
Dizem que as fantasias élficas de hoje são todas iguais. Não concordo, nem discordo, mas não duvido. Li uma, a trilogia O Povo do Ar (horrível) e foi suficiente para concluir que não só não era minha praia, como seria mais uma moda passageira do mercado literário, como foi com vampiros e bruxos, posteriormente distopias, posteriormente livros de adolescentes complicados que morrem até auto-ajuda juvenil e livro de youtuber. Essas coisas não ficarão. São modas, modas passam. Na época mesmo eram consideradas ruins. Acabam. Como tudo deveria ter fim um dia, como nós teremos. Mas não, querem ditar a regra do jogo resgatando tudo até não sobrar nada: querem as distopias de volta, mesmo elas não cabendo mais porque estamos vivendo elas. Querem os livros com protagonistas fortes, para odiá-las tanto quanto odeiam mulheres no dia a dia. Querem a volta de regimes autoritários na ficção sem ver que ele bate a porta na América Latina, Central, na Ásia.
Com isso, ganhamos um livro que ninguém pediu e em nada adiciona algo a maestria da trilogia: “Jogos Vorazes”, o livro que passa pano pro vilão cruel e ditador o dando um lindo passado romântico e sombrio. Da autora que disse que não escreveria nada se não fosse para ACRESCENTAR algo ao mundo, ter algo de verdade a dizer, não me parece ser muito claro além do velho: pessoas horríveis também amam e tem passado.
Sim, mas as pessoas horríveis do mundo real continuam vivendo enquanto as pessoas que eles fazem mal só são passado. Não existem mais e não levantarão quando alguém dizer “corta!” e os créditos rolarem.
A autora e os fãs sempre defenderam a ideia que, o público que pedia uma série dos jogos, em nada se diferenciava das pessoas da Capital, em Panem. Adoram reduzir artistas da moda ou das artes visuais aos alienados da Panem. Sempre disseram que seria massacre por massacre, dor pela dor, ostracismo, pornografia da violência. E estavam certos. A trilogia já era perfeita em si, mesmo copiando/emulando Battle Royale.
Ontem, a autora anunciou um novo livro sobre o massacre de um dos jogos do tutor da protagonista da trilogia original. Não tinha necessidade. Não tem. Ninguém pediu. Não duvido que POSSA ser bom, ter crítica. Mas é disso que a vida é feita, desse retorno incessante as sagas que consumimos, aos filmes, aos desenhos, aos milhares reboots, live-actions e remakes de A Bela e a Fera, Aladdin, Cinderela, as duzentas continuações que NÃO SABEM A HORA DE PARAR como Moana 2, Divertida Mente 2, o péssimo Wifi Ralph. Uma tentativa de resgate que vai, “ao infinito e além” com MAIS UM TOY STORY, o QUINTO. Depois do terrível erro que estraga a mensagem do lindo terceiro filme. Mesma coisa com Ralph.
Nem vou comentar por exemplo, de Kung Fu Panda, que se estragou tentando entrar na onda da animação de Homem-Aranha e Gato de Botas. Ou então das crianças, em mais um filme de um tal Malvado Favorito, essas que nunca crescem. Exatamente como quem quer continuações pra vender boneco amarelo.
Não é que a nova geração não possa conhecer os personagens. Ela pode. Deve. Vai conhecer. Com os filmes que já estão ali, os antigos. Os novos desfacelam a personalidade, a construção, a arte, o princípio e só demonstram uma crise gravíssima nos estúdios e na área criativa em geral do mundo.
As pessoas estão tão esgotadas que acham mais fácil ficar reciclando o que elas já tem: dinossauros, bruxos, carros no deserto, piratas, Indiana Jones, brinquedos com vida, princesas. A nova geração é tão sem perspectiva que é difícil dizer que algo é realmente deles sem antes ter sido das outras gerações, remodelado e pisoteado como uma Massinha de Teseu.
No fim, o cenário à minha frente é absolutamente devastador. Nada se cria, tudo se refaz e refaz e faz continuação e mais continuação e mais continuação. Sempre imploro no meu Twitter, quem me segue ativamente sabe, que entre todas as postagens, quando sai mais coisa, mais temporadas, mais esticamento daquilo que deveria ter acabado eu falo:
Por favor, deixem as coisas acabarem.
A nostalgia é uma delícia, falo como uma pessoa que foi uma criança consumista de tudo isso aqui e uma adolescente — principalmente na pandemia, que imagino ser um dos motivos de tanta gente ter ficado nostálgica, ir atrás e o capitalismo abocanhar isso também — que resgatou e vive resgatando tudo que ama. Recentemente coloquei meu namorado pra ver Irmão Urso e, meu deus, nem eu lembrava que era tão lindo. E ele está lá. Não toquem nele. Deixem as coisas terem fim. Acabarem, com ponto final. Sem esticamentos, prequels, sequências, fillers ou sei lá como tudo isso se chama. A nostalgia é uma velinha doce, que serve chá, mas também pode virar um lobo. Pior, uma cobra, uma cobra que te morde e te transforma em outra cobra, até todo mundo ser esse tipo de bicho que se auto engole por defesa, esse ouroboros perigosíssimo que, ao tentar se engolir por resgate está fadado ao próprio fim. Ao não deixarem as coisas acabarem, você acaba com você.
Se torna um misto de referências vazias, um álbum de fotos velhas e, discussões e evoluções estão no passado. Gosto muito da frase do Burke, exaustivamente também repetida de que “Aqueles que não conhecem a história estão fadados a repeti-la”, que saibamos o que já passou, inclusive na arte, ou produtos (se assim quiserem chamar, porque não vejo como essas sequências sem fim são arte), mas deixamos ela lá e criemos novas histórias, pra tudo: política, social, vida, sentimento e arte.
Não quero ser mais engolida do que já sou todos os dias porque o capitalismo decidiu que essa cobra maldita é tudo que resta à nossa geração que nada tem ou terá. Não aceitarei. Mostrarei que não quero. Farei do mundo novas histórias, espero que vocês também.
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Ana, que texto maravilhoso. Também fico muito chateada com essas sequências que não acrescentam em nada e que só possuem um único objetivo: tirar dinheiro (ou fazer de besta) de quem gostou da obra inicial.
A ideia é sugar até o último centavo possível daquele livro ou filme que fez sucesso, pois ele só bastava, ele já comunicou o que tinha que comunicar.
Acredito que nossa sociedade atual não deixa tempo para produção do novo. É sempre um copia e cola eterno. Produção de conteúdo viral a exaustão. Um saco.
Desabafo meio revoltoso e sem sentido. Sorry.
Um beijo, Ana.
a princípio, eu não sou contra desdobramentos de histórias, desde que elas façam algum sentido, tenham algo a agregar. muitas vezes (maioria, talvez), são apenas uma estratégia da indústria para lucrar de maneira fácil: sabem que vão vender porque há uma boa base de fãs.