Quando entrei na USP descobri que tem, pelo menos no instituto de Humanas, áreas onde se deixam livros para trás. Eles são abertamente visíveis, mas são “segredos” entre os ávidos bibliófilos, um segredo em comum partilhado entre os adiantados, os que madrugam e os que dão sorte.
Muitas vezes quando tenho dias ruins, tendo a pender pro lado do pessimismo mesmo quando coisas boas aconteceram. Esse pessimismo me faz ver, — ver não, achar — em plano geral, posteriormente, que não realizei nada de bom, não fiz nada de bom, não ganhei ou mereci, ou conquistei nada no ano. Inclusive, isso me faz apagar memórias cansativas, traumatizantes ou desgastantes de algum sentido. Acho que a memória de todos anda meio ruim pós-pandemia e, ainda falamos pouco sobre os efeitos a longo prazo do enclausuramento. É outro dos segredos universais que todos vão levar pro túmulo porque ninguém quer sentar e desabafar sobre esses dois anos horríveis.
O que importa é que andei avaliando e percebi que fiz muita coisa esse ano. No primeiro semestre da faculdade, peguei uma disciplina de Cinema Brasileiro, um gosto pessoal meu que gostaria de aprimorar como escritora e consumidora de arte. Não ia me ajudar em nada nas disciplinas obrigatórias de Linguística, por exemplo, mas eu queria muito fazer.
Acho a palavra consumidora e conteúdo pra se referir a arte muito capitalizadas, me pergunto se existem palavras menores. Podemos chamar o conteúdo de Arte mesmo não o considerando? Isso abre um campo cinza de discurso do que é chamado de arte ou não e um possível esvaziamento da palavra? Chamamos quem consome de Experimentadores? Degustadores? Pacientes, pois são curados pela mídia? Mas toda mídia salva?
Não sei se há palavra melhor.
O professor era um homem maravilhoso, muito sábio e que poucos terão o privilégio de ter aula, pois imagino que se aposentará em breve. Foi ele quem elogiou e me pediu pra publicar a resenha de Marte um que você pode ler aqui.
Um dia conversamos sobre o cinema que retratasse o Brasil sendo gravado por produções do eixo Rio-São Paulo e como ele acreditava que, com uma produção sensível, o audiovisual só teria a ganhar com esse conjunto de estados.
Também falamos de adaptações. Para ele, um bom adaptador é aquele que tira o melhor da obra sabendo aproveitá-la em outro estilo, já que a mídia transmitida não é a mesma. Ou então, podemos dizer que aquele que adapta um livro ou uma peça pra um filme, nada mais é do que um grande traidor, como o próprio tradutor o é.
Tradutor, no italiano, é muito parecido com traidor: traduttore e traditore. Isso quer dizer que, essencialmente, toda tradução não corresponde EXATAMENTE com o original e isso faz parte da magia de transmitir para outra língua, bem como, acredito eu, de adaptar uma obra.
Depois de falar das adaptações, ele assistiu com a gente O Pagador de Promessas, filme dirigido por Anselmo Duarte em 1962 e que você pode assistir no Globoplay. O filme é uma adaptação da peça de Dias Gomes e ganhou meu coração de maneira absurda. Junto com uns outros três filmes, provavelmente foi o que mais me encantou na disciplina.
Aliás, pausa pra curiosidade-fofoca: é o único filme brasileiro até hoje (fazem 61 anos) que ganhou o Palma de Ouro. Reza a lenda entre aqueles que não gostam do filme e não acham que ele merecia o prêmio, que dois jurados não conseguiam se decidir entre “O Anjo” de Luís Buñuel e “O processo de Joana D’Arc” de Bresson. Dois grandes nomes. O defensor ferrenho do filme brasileiro foi François Truffat, daí muitos acreditam que ele defendia dar um prêmio para um filme apaziguador entre os grandiosos clássicos.
Fiquei emocionada ao assistir a trama se utilizando de arquétipos quase que arcturianos em um filme em Salvador. Também era doido pra mim ver a senhora Norma Bengel, de “Toma Lá, Dá Cá”, tão nova, vestida como uma Audrey Hepburn tupiniquim. Ou então, a linda Glória Menezes, tão simplória e atuando tão bem. O que importa é que fiquei com o filme na cabeça e cismei que, quando tivesse dinheiro, compraria o livro, que é uma peça.
Eis que, um dia calorento e irritante, voltando com um amigo, paramos no ponto que tem estantes de livro. Pedi pra ele olhar se tinha algo bom enquanto eu sentava na sombra pra tomar água. Ele falou nomes sem interesse, de repente disse:
“Tem um tal de O Pagador de Promessas...”
Levantei na hora dando risada. Peguei o livro pra mim, feliz da vida com a versão paradidática deixada por alguém. No começo eu pensei que o livro era de alguém que nem leu, não teve sensibilidade ou não soube valorizar o livro. Isso importa? Que sorte que tive de estar ali naquele momento, achar o livro, ele se tornar meu.
Um mês e pouco depois já estava um clima mais ameno e aproveitei os dias frescos pra ler em casa. Li Cyrano de Bergerac do Edmond Rostand, uma outra peça que me fez rir, chorar e criar empatia. Minha edição era uma muito ruim, talvez até encurtada e fiquei caçando edições legais na Amazon. Estavam todas fora do meu alcance monetário como estudante, mas eram sonhos futuros na lista de desejo, pra aproveitar uma edição com comentários ou algo assim. Enchi o saco do meu namorado por semanas dizendo que ele deveria ler e que iria se divertir muito. Dava risada sozinha lembrando de cenas.
Uns dias depois disso fiquei um dia todo sozinha. Meus poucos colegas tinham resolvido faltar. Nem lembro o motivo. Vi alguns alunos da pós graduação com caixas na mão conversando no segundo andar.
Como não tinha aula na hora, fui discretamente olhar eles despejando milhares de livros de linguística no banco. Era um outro ponto em que as pessoas deixavam livros. Muita coisa de sintaxe, fonologia e semântica, (ECA!) mesmo assim resolvi olhar livro por livro.
Remendado com durex, em uma capa vermelha velha e cheio de rasuras estava lá:
Cyrano de Bergerac.
Quis dar risada, quer dizer, eu pensei: “se eu ganhasse uma moeda pra cada vez que eu quisesse muito um livro e ele surgisse na faculdade, eu teria duas moedas, o que não é muito, mas é estranho que tenha acontecido duas vezes.”
Me perguntei esse dia se era uma maneira de Deus me recompensar pelos dias ruins. Vão me achar besta, eu sei. Mas quem sabe os anjos não me achem mais bem humorada quando leio e aumento a biblioteca pessoal?
No segundo semestre tive um professor espetacular de Literatura Brasileira, me ensinou porque devemos saber de cor e salteado e amar de coração tudo do Modernismo até a década de 1930. Como ele era um gênio sobre determinados autores, como Graciliano, esperei o último dia de aula pra tomar coragem e perguntar o que gosto de perguntar a todo professor que conheci e criei algum laço:
“Qual seu livro favorito?”
Achei que ele ia ser grosso, me dar um fora, desconversar. Achei até que não teria resposta. Mas ele com seus olhos azuis olhou a porta de drywall enquanto ia embora e disse: Memórias de Adriano de Marguerite Yourcenar.
Achei estranho de início, esperava que ele fosse nós clássicos: Dom Casmurro, Dom Quixote, Angústia, talvez até um Iracema, que me arrancaria risadas. No lugar disso ele falou uma autora que eu particularmente não conhecia e um romance que, para um homem sério, claramente o pegou em termos sentimentais e pessoais.
Dei uma olhada no site do monopólio de livros depois e já adicionei na lista. Se um grande professor como ele tinha gostado, eu certamente tinha que dar uma olhadinha. Programei pra comprar na feira do livro da USP. A autora é belga, o livro é sua obra-prima e é de um estilo que posteriormente descobri ser o xodó do professor (e meu): romance memorialístico confessional. O resto é história?
Em uma manhã que cheguei cedo demais, conferi o armário de livros e doações que todos os sabidos conferiam vez ou outra. Lá achei alguns tesouros como Diário de um ano Ruim de J.M Coetzee, que ganhou Nobel de Literatura e a edição amarelada de....Memórias de Adriano.
Certo, agora é minha vez de pedir música no Fantástico. Atualmente estou com vontade de pedir Maravilha, da banda Tuyo. “Já parou pra pensar que tudo que a gente pensa, alguém já parou pra pensar?”
A sorte de achar algo que você quer é quase como se aqueles perfis pastéis do Instagram que falam para “jogar pro universo e manifestar” estivessem certos. É quase.
Ou então, eu só estava no lugar certo na hora certa, com o caos trabalhando de alguma maneira pra que eu achasse três livros que conversaram comigo esse ano. Mas se eu não tivesse escolhido determinados professores ou não ido na aula como os outros, não teriam sido nada além de dias inexistentes e livros que não tive, nem liguei?
Que ideia a minha de se interessar por eles então, no punhado de decisões que senti ter feito errado.
Umas três semanas atrás fui com meu namorado ver uma sessão de Phantom of Paradise, musical de Brian de Palma de 74, que rapidamente se tornou um dos meus musicais favoritos. Sempre amei musicais e acho que as pessoas deveriam falar mais desse. Pra começar, ele é uma adaptação de: O Retrato de Dorian Gray, Fausto e O Fantasma da Ópera. Com uns toques da vida pessoal do De Palma em relação aos estúdios cinematográficos. Viciei na trilha sonora composta por Paul Williams, especialmente Faust interpretado por Bill Finley, que você pode ouvir aqui.
Enquanto escuta, pense que sou uma amante de O Fantasma da Ópera, o filme e a peça da Broadway, ansiando pelo livro faz tempo. O filme foi um estalar de magia para mim. De adaptação. De coragem, originalidade. Traição!
Cismei de ler todos os livros pra rever o filme, especialmente a linhagem Fáustica que tem grande influência sobre um dos estudos do semestre: Grande Sertão: Veredas. Aliás, ler a linhagem de ordem os pactos vem requer adentrar no famoso esquema de pirâmide que citei aqui. Você deve ler, além de Fausto de Goethe: A Trágica História de Doutor Fausto de Marlowe, Doutor Fausto do Thomas Mann e se quiser se aventurar, Mefisto, Macário, À sombra do vulcão e o nacional Até você saber quem é de Diogo Rosas.
A edição de Fausto pela 34 é linda, porém é linda como é $algada, como muito que vem do mercado editorial com qualidade hoje. Acontece que manifestei inconscientemente e, meu namorado achou o primeiro volume em outra estante essa semana. Levou com felicidade, porque é livro bom, de graça. E como nos casaremos, a biblioteca será uma só.
Ele também conseguiu uma edição em quadrinhos de A Revolução dos Bichos (me recuso a chamar de A Fazenda dos Animais), um dicionário de Francês antiguíssimo que um amigo achou em um armário e o deu, ou quando pegamos um livro de fotografia Surrealista de graça em um stand, por ser início de ano letivo.
E tiveram os achadinhos. Comprei uma foto-biografia da Clarice que eu nem sabia se precisava. Uma edição linda de Fogo Morto, que posteriormente descobri ser uma espécie de saga trajetória do ciclo da cana e pretendo ler ano que vem.
Teve a semana que queria ler a fase romancista de Machado e procurei A mão e a Luva com uma capa bonita e preço bom e não achava, mas um amigo achou a edição da LP&M junto com Iaiá Garcia. Levei sem arrependimento. Nisso fiquei pensando que existe uma sorte de se achar aquilo que é pra você. Seja a leitura que você procura, ou aquilo que te procura.
Andei querendo Apague a luz se for chorar e uma promoção da Americanas trouxe ele até mim. Andam falando muito da Carla Madeira no Twitter e isso ao mesmo tempo que me instiga, me faz adiar a leitura de Tudo é rio. Ao mesmo tempo, encontrei um calhamaço nacional chamado Luminol, da Carla Piazzi, que estava ansiosa pra ler e agora estou mais ainda, ao ver que foi finalista do Prêmio São Paulo.
Isso não é só sobre livros. Nesse fim de ano, a arte de se ter sorte é sobre saber priorizar os encontros que se encaixam com você. Aquilo que te desafoga, anima, persegue, incomoda e você não dá vasão. Sinto muito essa necessidade de querer muito e não poder nada, nunca. De nunca achar o que é pra mim, porque sempre faço as vontades dos outros.
Temos que ler aquilo que todos estão lendo? Os livros que foram finalistas? Os que são obras de arte? Cânones? Os hits do Booktok? Ou tudo bem pegar o livro que você ignora há tempos na estante e dar uma folheada, uma chance? Acho que tudo bem ir numa banca de livros por dez reais e se apaixonar por um título ou capa barata. Livros eróticos de banca, Gelotecas. Limpar a estante e ser a sorte de alguém que não achou que teria esse encontro.
Não digo que todo livro é um achado, tem os azares. Mas acho que devíamos ouvir mais essa criança anterior faminta e corresponder nosso desejo ao desejo dela, ao invés de se obrigar a ler as coisas acadêmicas (necessárias), difíceis (importante), disruptivas (interessante, desconfortáveis) e bem quistas. A FOMO (Fear of Missing Out) anda mestrando a vida de muitos de nós, que deveriam ter controle nas ações que querem gastar por dia. Piadinha com RPG. Como se eu soubesse algo sobre. Tudo bem usar a literatura como método de conforto às vezes. Tudo bem querer se sentir abraçado, sortudo, acolhido.
Saiu até uma notícia falando do sucesso desse tipo de livro, os healing fiction books que vem dar um conforto melancólico (com um pouquinho moral e às vezes de autoajuda) na Ásia e agora pelo mundo todo. Esse ano mesmo, li o primeiro capítulo de Bem-vindos à Livraria Hyunam-Dong no chão da Martins Fontes e me senti transportada. Além é claro, do livro Talvez você devesse conversar com alguém que recomendei pra muitas pessoas que conversaram comigo, especialmente as que tocavam no assunto do meu retorno ao processo terapêutico. Vale a leitura de ambos, tenho certeza:
“Estamos todos viajando no tempo em direção ao futuro, e exatamente no mesmo ritmo: sessenta minutos por hora. O tempo da terapia.” - Lori Gottlieb
O que quero dizer é que no meio do caos pessimista, da FOMO, estresse de fim de ano e dessa voz adulta que nos faz calar nossa vontade, a literatura pode e deve ser confortável, quando o quisermos. Mesmos as mais incômodas podem ser muito confortável para quem ama o hábito. Temos sorte de poder ler, de conversar sobre, compartilhar sobre, de fazer compras, achados.
Tenho sorte de ser lida.
Um obrigada a todos que me leram nesse fim de ano em que comecei a News e espero que não debandemos daqui, a menos que seja estritamente necessário devido a posicionamento político. Tenho tido sorte de ler muitas coisas aqui que me fazem prosseguir, especialmente no ano em que pensei em desistir da literatura por achar que era um caminho longo, doloroso, solitário, onde falar com a parede e pagar pra publicar era um meio muito ruim de viver. De achar que ninguém iria se interessar pelo que quero contar.
Curiosamente a Isadora Abreu me achou pelo movimento #ExplodaSeuKindle no Twitter e sugeriu o meu conto natalino Um Noel para chamar de meu no seu clube de leitura, incentivando a leitura de livros nacionais e me entrevistando com as leitoras. Foi um presente incrível que chegou até mim, me dando um gás de reafirmação (que são super necessários!) e me demonstrando que mesmo aquilo que não considero meu “melhor trabalho” pode ser querido por alguém. Não tenho um melhor trabalho ainda, tenho aquele que chega um pouco perto do que um dia quero ser, e seguimos prosseguindo. Não estou focando na obra-prima da minha vida, mas sim em tentar continuar escrevendo e contando o que quero. Seja por aqui ou em outros lugares.
Contei no Notes que fui em um simpósio de literatura coreana. Lá, comprei o livro Chiclete do Kim Ki-Taek que desejava fazia anos e o lançamento de Céu, vento, estrelas e poesia do Yun Dong-ju, ambos de poesia coreana. Falei que ia trazer algumas coisas pra vocês sobre e acho que dentro do contexto de sorte de se achar, podemos também ver uma oportunidade de um evento profissional como uma sorte de se aprender.
A literatura coreana se divide em algumas ondas, a que se destaca hoje lá, é a feminina, que tem uma história de muita luta e nomes de grande sucesso e qualidade. Como Han Kang (a mais famosa e quase a mais traduzida), Borah Chung (que terá a primeira tradução pra cá em fevereiro), Choe Yun, Jeong You-jeong (que eu acreditava ser homem pelas tramas dos livros), Hwang Boreum e outras, como Kim Cho-yeop, que ainda não foi traduzida pra cá e faz uma literatura feminina de conforto sobre ficção científica e PCD’s, sendo ela também uma pessoa surda. Me interessei, como uma pessoa com perda de audição pelo livro If We Can’t Go at the Speed of Light. E vou torcer todos os dias para trazerem a tradução desse pra cá.
É curioso notar que, não é porque sejam autoras femininas que necessariamente retratem a figura feminina ou tramas de feminilidade, feminismo. São mulheres empoderadas no sentido de escolher ter voz ao contar histórias em um país conservador.
Algumas das características gerais das ondas é a escolha por retratar temas sensíveis de maneira natural, com sentenças melódicas, líricas, que trabalham o sensorial e causam desconforto pelo esquisito ou grotesco. causando nervosismo e ansiedade pelo belo e místico. Achei um encontro, porque é muito do que quero pra minha literatura em alguns aspectos, nesse caminho de encontrar o que é a assinatura do escrever-falar.
Elas usam de belezas estilísticas, algumas trabalham a vida cotidiana, concreta, sensações femininas narradas por personagens com plena auto percepção, questionando o debate estético sobre tematizar a dor a um ponto irremediável e outros, como a oposição do feminino como passivo, vítima. Destruição da binariedade de pensamento, junto com a descoberta do íntimo. Elas não procuram mudar o mundo, mas acabam incentivando outras mulheres a contar suas narrativas, descobri a si e agir de maneira diferente.
No começo as li como pessimistas, mas elas tem questões estruturais que ultrapassam essa barreira de esperança material e se tornam um debate interno universal da aceitação da melhora frente as perspectivas ruins. Se tornando um:
“Apesar de…Posso…”
E isso pode e deve se tornar um lema das escritoras brasileiras, que são maioria no mercado editorial, até como leitoras, mas também um lema pessoal para pessoas reclamonas e negativas, quase amarguradas pelo dia a dia que não colabora (como eu), pra criar essa força interna produtora de um “Apesar”. Porque apesar de ser difícil, posso ter sorte. Porque apesar de ser solitário, tenho quem leia. Como a professora Mi Jung citou a autora Kim Cho-yeop:
“Somente pelo fato de continuarmos vivendo, pequenos, vamos sobreviver ao apocalipse.”
Se você chegou até aqui, um muito obrigada. Logo mais a lista de melhores da Ana (do ano).
Tem um amigo colecionador de discos também que me disse algo que levo para a vida em relação a querer um título para a coleção: "é só desejar profundo e ter calma. Na hora certa, chega até nós da melhor forma possível."
Os discos que mais desejei e quis, mas que não tinha dinheiro para pagar, vieram sem muito sacrifício (principalmente financeiro).
Um beijo, Ana!